Eles saíram da cidade do Oeste catarinense em direção a Florianópolis. Dupla deve cavalgar por um mês.
Um homem de 50 anos e um idoso de 84 vão percorrer 600 quilômetros a cavalo, de Chapecó até Florianópolis. A dupla quer divulgar um pouco da cultura da cidade do Oeste catarinense. Chapecó comemora 100 anos em 25 de agosto, como mostrou a RBS TV.
Auri Casalli, o cavaleiro mais jovem, e João Sebastião Batista começaram a cavalgada em 27 de julho. Eles devem chegar à capital em 22 de agosto. Em Florianópolis, os cavaleiros têm um encontro com deputados na Assembleia Legislativa para divulgar a cultura e as tradições de Chapecó.
Desafios e companhias
“A gente tem muitos desafios pelo caminho. A gente tem o trânsito na BR-282, uma estrada única que liga o Oeste ao litoral”, afirmou Auri, que é empresário. João Sebastião é aposentado. Os dois cavalgam no acostamento da rodovia.
Os cavalos de Auri são o Pacato e a Gina e os de Sebastião, Aragano e Garoto. A idade não é obstáculo para o aposentado. “Esses 84 anos que eu carrego no ombro, pensam que eles me prejudicam, pensam que isso me freia a disposição, e não é verdade!”, enfatizou.
A homenagem ao centenário de Chapecó é o motivo da viagem. “Há 100 anos atrás, as famílias vieram para Santa Catarina, vieram para Chapecó trazendo todos os seus pertences no lombo de cavalo, no lombo de mula. Então é a gente levar para a capital um pouco de uma homenagem de um povo que desbravou a nossa região”, explicou Auri.
Infraestrutura e logística
Para isso, é preciso de um carro de apoio, que ajuda inclusive na segurança. O motorista do veículo é Getúlio Vieira Lopes, que cuida da segunda casa dos cavaleiros. “No caminhão, há um beliche com duas camas, onde nós temos também todo o equipamento dos cavalos”, disse o condutor.
Para não cansar os animais, as paradas às vezes duram mais do que um dia. E os cavalos são revezados na estrada. Os cavaleiros chegaram a Urubici, na Serra, na sexta (11). A cidade é distante cerca de 400 quilômetros de Chapecó. Depois, eles vão descer a Serra do Corvo Branco para chegar em Rancho Queimado, na Grande Florianópolis.
Aos que têm o espírito da aventura, Sebastião tem um conselho: “se pudesse dar um recado para todos que tenham a minha idade, que não digam mais ‘era no meu tempo’. Que vivam o tempo hoje e a gente é capaz de fazer aquilo que os novos fazem. No passo lentinho do cavalo, capaz de refletir, de imaginar a vida. Eu costumo dizer que ser bom é motivo de felicidade”.
Fonte: PORTAL ACONTECEU